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MÚSICA

As fontes musicais medievais são raras e contam com o auxílio de outras fontes, como as literárias, arqueológicas e visuais. Essa dificuldade em registros diretos de uma produção musical é consequência de uma cultura essencialmente oral, mesmo quando trata-se da composição de letrados e da "música culta". A atividade musical em seu início apresentava o caráter monofônico com uma musicalidade simples baseada na recitação de palavras, sendo uma atividade amplamente utilizada pela liturgia na entoação de salmos e cânticos. Em relação à conotação musical, foram desenvolvidas as neumas, formas de marcações musicais simples, sendo que posteriormente ocorreu o desenvolvimento de uma complexidade musical e o uso da polifonia (Ars Antiqua).

A produção profana influenciada pela liturgia difere-se desta última, por exemplo, no uso de diversos instrumentos como o organum, assim como no uso de línguas vernáculas, distinguindo do latim amplamente usado pela Igreja. A atividade musical no medievo comporta movimentos de produções musicais que podem ser exemplificados nas  Canções de Gesta, na atividade dos trovadores e dos poetas errantes  do Carmina Burana. Por fim, a musicalidade medieval, dada a sua escassez de fontes diretas, posibilita no âmbito didático o uso de fontes como as literárias e iconográficas para maior embasamento. Concebendo a música como expressão artistica, é cabível explorar os ambientes e contextos em que a atividade musical se fez presente, assim como seus expoentes: poetas-músicos errantes, trovadores e jograis. 

SANTOS, Italúzia P. C. Música. In: Projeto de Monitoria Fontes para o Ensino de História Medieval (Universidade de Pernambuco/campus Petrolina). Disponível em:  https://fontesmedievais.wixsite.com/fontesdomedievo/musica

Referências

COLANTUONO, Maria Incoronata. Memoria y composición melódica en las Cantigas de amigo de Martin Codax. Roda da Fortuna. Revista Eletrônica sobre Antiguidade e Medievo, Volume 4, Número 2, p. 142-153, 2015.

 

Música. In: Dicionário da Idade Média (organizado por H. R. Loyn). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.

ROSSELL, Antoni. Sul mestiere di giullare. Roda da Fortuna. Revista Eletrônica sobre Antiguidade e Medievo, Volume 4, Número 2, p. 122-141, 2015.

 

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